quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Rei

Parece um rei das palavras. Tu és o meu rei das palavras. Queria sair gritando pelos quatro, seis, dez, por todos os ventos possíveis que tinha ele como o rei. Como seu rei das palavras. Seu e de mais ninguém. Rei das palavras. Elza era o nome dela. Elza, nem pense nisso minha filha! Dizia sua mãe, lembrando dos compromissos da sociedade e das responsabilidades profissionais. Azar é o do mundo, concluia Elza. E na verdade, dela também. Porque assimilava bem o mundo.
Rei. Porque os príncipes são chatos, infantis e imaturos. Ele é viril, inteligente, experiente. Deve deixar qualquer plebeia de quatro no ato.
Ah essa vida democrática pensava Elza...

Concordo com Elza. Roberto Carlos? Rei. Elvis Presley? Rei. Madonna? Rainha. Pelé? Rei. Xuxa? Rainha dos baixinhos. Ok, é chato admitir isso. A Xuxa hoje é deprê, mas na minha infância ela era genial! E vai ser eternamente Rainha dos baixinhos. Uma vez o show da Xuxa veio a Porto Alegre e eu fui de mãos dadas com a minha irmã Doris e uma amiga dela. Chorei no início do show e cantei todas as músicas. No final do show a minha mãe chorou. Porque convenci a minha irmã a ir até a saída do ônibus da Xuxa. Ficamos duas horas esperando a Xuxa entrar em algum dos transportes. E só entraram as paquitas. As paquitas não estavam com nada, eram princesas. A gente queria ver mesmo a Xuxa, a Rainha. Desistimos. Todos foram embora da saída que obviamente não era a da Xuxa. Voltamos até o ponto de encontro que havíamos combinado com a minha mãe, duas horas depois. E lá estava ela chorando, cheia de brigadianos na volta e com meu pai tentando conter os ânimos. Minha mãe? Rainha do lar.

E os príncipes? O único que apareceu na minha vida foi o Pequeno Príncipe, do Saint Exupéry. Devia ter uns doze anos quando li o livro pela primeira vez. Me encantei pelos planetas. Esses dias li o livro de novo, em duas horinhas. Entendi tudo diferente do jeito que eu tinha entendido a primeira vez que li. Normal. Um homem nunca entra duas vezes no mesmo rio e nem no mesmo livro, nem no mesmo bar, nem em nenhum lugar. Hoje estamos diferentes de ontem e de amanhã. Fato.
Os princípes atuais? Não tão com nada. O príncipe Harry da Inglaterra por exemplo. Bem gatinho, foi pego fumando um e parece que curte tomar tragos de vez em quando. Nada de diferente dos meus colegas da faculdade que leram Bukowski.

Os Reis são os melhores! Eles até podem ter sido príncipes antes, mas agora são Reis. Prefiro os Reis! Prefiram os Reis!
Gurias, não acreditem naqueles que as chamam de princesa. E sim nos que chamam de Rainha.
Então assim como o Rei das palavras de Elza, o Pelé, a Madonna e a Xuxa, a gente nunca vai perder a majestade.

;)

Um comentário:

Juh Massena disse...

Bem verdade esse teu texto! hahahaha Muito bom ;D