sexta-feira, 1 de julho de 2011

vem comigo.

Eu acho tudo que ele faz tão, mas tão ridículo. Resmungava a minha amiga.


ALICE CASTIEL
Agora eu entendo porque eu achava que eu era tão errada. Quando na verdade os erros eram... dele! Continuava ela. Denise, não existe conceito de certo e errado. Lembra que eu te dizia isso? Lembro. Óbvio que existe Denise. Mas só agora eu entendo. Só agora eu entendo tantas coisas erradas.  Soa como um desabafo e é. Pode desabafar amiga. Vem com tudo.


YO
Porque a gente acaba aceitando. Tentando mudar aqui e ali. Escondendo que o buraco é bem mais embaixo do que a gente pensa. Ai o pensamento evolui, e a gente começa a sentir. Porque sentir é muito mais forte e vivo do que pensar. Quem nunca pensou: Cara que que eu to fazendo aqui?  Mas continuou. Até sentir a angústia. E ai decidir que precisa sair. E sai. É como cursar uma faculdade errada. Um dia tu percebe na aula que entende tudo aquilo, mas detesta tudo aquilo. É tudo junto. Não existem sentimentos separados por tabelas de Excel. Nem pensamentos. Sentir é melhor.


Sabe o espelho do passageiro do carro, aquele de dentro? Que serve pras mulheres se olharem no espelho? Sei. Que que tem? Eu me olhava sempre, ia me olhando, me arrumando. Isso irritava muito ele.
Porque? Não sei, acho que era porque eu me arrumava demais, e não era nada de altas produções perto do que poderia ser. E ele achava que era demais, e ficava irritado e falava palavrão e era grosseiro. Ou era porque eu ficava me olhando. Não sei. Grosseiro no trânsito, comigo, com qualquer um. E não entendia que era grosseiro com ele mesmo. Que estragava o sentimento a cada grosseria.

E ai amiga, eu comecei a sentir! Sentir aquela angústia que te falei antes sabe? Sei.
Então eu sai e agora eu só sinto. Resolvi não pensar mais. Só sentir. SENTIR, em caps lock mesmo. Escolhi isso. E vivo bem melhor assim.
Tu não acha?  Acho. Tu ainda vai rir disso.  Sinto que esse dia de rir chegou! vem comigo

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