segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Joga muitooo esse cachorro




Esse cachorro quase joga sinuca melhor do que as minhas amigas. Quase.

domingo, 21 de agosto de 2011

Pode ser caos, mas também pode ser uma delícia

Amanhã é segunda-feira e pela frente tem uma semana inteirinha de compromissos e coisas a fazer.  E sim, a gente pode fazer planos, organizar uma agenda com horários fixos, deixar tudo preparado para a semana dar certo e funcionar perfeitamente. Mas já aviso: a semana não vai acontecer como o agendado. E isso não significa que ela não vai dar certo. Ela vai dar certo. Sabe por quê?

Porque mesmo que a gente saia de casa com mais de vinte minutos folgados no relógio qualquer coisa pode acontecer e mudar o dia. Você pode perder o ônibus do horário certo, mas também pode pegar o próximo quinze minutos depois e encontrar uma amiga  querida que não via desde o ano passado.

Porque têm dias que o trânsito colabora menos que o habitual. E nesse dia você pode ser  mais ágil no trabalho, como forma de protesto à lentidão que enfrentou na rua cheia de carros.

Porque pode chover e você esquecer a sombrinha em casa e tomar um banho de chuva.
Esse banho pode te deixar de mau humor e estragar seu cabelo.  Mas também pode dar uma lavada na alma e fazer lembrar o verão e aqueles saudosos banhos de chuva na praia.

Porque logo na fila que você escolheu do supermercado, o papel da bobina da máquina registradora acabou e tem que esperar o gerente pra efetuar a troca. E esse tal de gerente pode estar no caixa 42 e você no cinco. Ele vai demorar pra chegar. Mas nesse meio tempo você se lembra que se esqueceu de comprar o queijo-ralado que vai combinar muito com a janta e aí dá tempo de pegar. No caminho ainda brilha um chocolate. E assim, com o fim do papel da máquina, o fim do seu dia ficou mais gostoso.

Sabe a boa, velha e sábia máxima 'do limão fazer uma limonada'? (E adicionar açúcar e vodka e fazer uma caipirinha pra quem curte beber.) É isso. É isso que a semana te prepara.

Os planos e a organização ajudam, aliviam, mas não resolvem. 

A semana pode ser caos, mas também pode ser uma delícia.
A gente nunca sabe o que nos espera.

E pode ser um caos realmente, não ter planilha de excel que resolva, nem internet que funcione na hora de enviar um e-mail super importante.

Tudo vai depender pra onde você vai levar esse caos. Fazer drama e ficar mimimi?
What? #not #not #nooot

Levante suas mãos para o céu e agradeça por mais uma semana que começa na sua vida!

Boa semana!
Beeijo!

Coldplay - Every Teardrop Is A Waterfall

Pra vocês um dos clipes mais legais do ano de uma das músicas mais contagiantes do momento!




I feel my heart start beating to my favourite song!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cartier Bresson


Muitas reclamações da demora das postagens aqui.
Meu blog anda meio abandonado mesmo. É só olhar a data, hoje é sexta e eu postei a última vez no domingo. Baby isso acontece.
E você você você que acompanha  o Aham, sabe que acontece.
Desculpa do fundo do coração, mas acontece. 
Às vezes eu até enrolo, posto um vídeo, uma foto, uma frase... Mas isso não significa que eu não escreva. E olha, até tenho escrito bastante e lido também.
A pessoa que mais se surpreende comigo, sou eu mesma.
Ando em frente e olhando pra cima.
Decididamente não tenho medo da vida, muito menos da morte. 
:)
(hoje é o dia da fotografia, e essa é a minha homenagem ao mestre Henri Cartier Bresson! #adoro)


Bom final de semanaaaa!

sábado, 13 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bears, por Kent Rogowski

Volto pra casa de carona quase que diariamente com meu colega de trabalho e amigo,  Capu. Ele ganhou de presente da namors dele um cachorrinho de pelúcia muito querido, que ainda late, e funciona como um fantoche. O ursinho sempre fica no carro, do lado dele. Tipo um companheiro, tipo um cachorro.
Aí  me divirto no caminho de volta com a pelúcia fofa.. E chego até mais rápido em casa, entre trocas de idéias e latidos que faz o presente do Capu!
Passou a semana e hoje tava viajando em alguns site de arte, nem sei bem porque, e encontrei o artista Kent Rogowski.
Sinceramente sempre gostei do avesso. Talvez por isso um dos trabalhos dele me chamou tanta atenção.  E não uma super-novidade-de-ontem-que-ninguém-viu-mas-só-porque-é-novo-é-bom. Não. Não sou assim.
Kent Rogowski criou uma série de retratos do tipo bem louco e fora do normal. (Lançou até livro. E está à venda no seu site.)
Impensável. 
Sabe aqueles  ursos de pelúcia fofos? Tipo que a namors do Capu deu pra ele?
Pois eles, os ursinhos fofos, foram virados do avesso e preenchidos de novo. Ou seja, eles continuaram fofos. Mas do avesso.













Juntas, essas imagens formam bichos estranhos mas estranhamente familiares.
Ficaram feios, mas ainda assim cativam. O artista oferece uma metáfora:  estes ursos, que viveram e amaram e perderam tanto quanto seus donos, têm sofrido e suportado por tudo isso. E em virtude de revelar seu núcleo interno poderíamos entender melhor a nossa vida.
O que acharam?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amputações

Muito bom esse texto da Martha Medeiros que foi publicado domingo na Zero Hora.
Que vocês acharam?


Quando o filme 127 Horas estreou no cinema, resisti à tentação de assisti-lo. Achei que a cena da amputação do braço, filmada com extremo realismo, não faria bem para meu estômago. Mas agora que saiu em DVD, corri para a locadora. Em casa eu estaria livre de dar vexame. Quando a famosa cena se iniciasse, bastaria dar um passeio até a cozinha, tomar um copo d´água, conferir as mensagens no celular, e então voltar para a frente da TV quando a desgraceira estivesse consumada. Foi o que fiz.

O corte, o tão famigerado corte, no entanto, faz parte da solução, não do problema. São cinco minutos de racionalidade, bravura e dor extremas, mas é também um ato de libertação, a verdadeira parte feliz do filme, ainda que tenhamos dificuldade de aceitar que a felicidade pode ser dolorosa. É muito improvável que o que aconteceu com o Aron Ralston da vida real (interpretado no filme por James Franco) aconteça conosco também, e daquele jeito. Mas, metaforicamente, alguns homens e mulheres conhecem a experiência de ficar com um pedaço de si aprisionado, imóvel, apodrecendo, impedindo a continuidade da vida. Muitos tiveram a sua grande rocha para mover e, não conseguindo movê-la, foram obrigados a uma amputação dramática, porém necessária.

Sim, estamos falando de amores paralisantes, mas também de profissões que não deram retorno, de laços familiares que tivemos de romper, de raízes que resolvemos abandonar, cidades que deixamos. De tudo que é nosso, mas que teve que deixar de ser, na marra, em troca da nossa sobrevivência emocional. E física, também, já que insatisfação é algo que debilita.

Depois que vi o filme, passei a olhar para pessoas desconhecidas me perguntando: qual será a parte que lhes falta? Não o “Pedaço de Mim” da música do Chico Buarque, aquela do filho que já partiu, mutilação mais arrasadora que há, mas as mutilações escolhidas, o toco de braço que tiveram que deixar para trás a fim de começarem uma nova vida. Se eu juntasse alguns transeuntes, aleatoriamente, duvido que encontrasse um que afirmasse: cheguei até aqui sem nenhuma amputação autoprovocada. Será? Talvez seja um sortudo. Mas é mais provável que tenha faltado coragem.

Às vezes o músculo está estendido, espichado, no limite: há um único nervo que nos mantém presos a algo que não nos serve mais, porém ainda nos pertence. Fazer o talho sangra. Machuca. Dói de dar vertigem, de fazer desmaiar. E dói mais ainda porque se sabe que é irreversível. A partir dali, a vida recomeçará com uma ausência.

Mas é isso ou morrer aprisionado por uma pedra que não vai se mover sozinha. O tempo não vai mudar a situação. Ninguém vai aparecer para salvá-lo. 127 horas, 2.300 horas, 6.450 horas, 22.500 horas que se transformam em anos.

Cada um tem um cânion pelo qual se sente atraído. E um cânion do qual é preciso escapar.

Lily Allen - LDN