E que venha 2010 com muita informação, conquistas e preservação!
BeeijosJaneiro 2009
De 27 a 1° de feveiro aconteceu o Fórum Social Mundial, em Belém do Pará. O assunto principal do FSM 2009 foi a questão da preservação da Amazônia. O Fórum rola anualmente e é um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil. Em 2010 o FSM será sediado em Porto Alegre e região metropolitana.
Fevereiro 2009
Com objetivo de desenvolver pesquisas que buscam criar um bioinseticida para combater pragas em lavouras, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, firmaram no dia 10 de fevereiro de 2009 um termo de cooperação técnica que visa o total aproveitamento das produções sem o uso inseticidas nocivos ao meio ambiente e a saúde humana. O acordo representa vantagens para a Agricultura Familiar e para sociedade, que vai consumir um produto natural sem a contaminação de venenos.
Março 2009
O apagão positivo! No dia 28 de março a ONG WWF organizou a chama Hora do Planeta, entre 20h30 e 21h30, milhões de lares, milhares de ruas, centenas de monumentos, bairros e cidades ao redor do mundo apagaram suas luzes. A “Hora do Planeta” é uma forma que a WWF encontrou para engajar e mobilizar a sociedade para manifestar a preocupação com o aquecimento do planeta. . O ato de apagar as luzes por uma hora é simples e chama a atenção das pessoas quanto aos problemas do meio ambiente. O projeto Hora do Planeta teve grande repercussão, pra ver as fotos de 2009 é só entrar no site da WWF.
Abril 2009
Dia 6 de abril peixes-boi da Amazônia criados em cativeiro começaram a ser reintroduzidos na natureza. Os animais foram soltos na base do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA. Quando em cativeiro, o animal perde parte do comportamento arredio em relação aos humanos, o que pode torná-lo um alvo mais fácil da caça ilegal. O peixe-boi da Amazônia é uma das espécies da fauna brasileira mais ameaçadas de extinção.
Maio 2009
Uma onda verde em defesa da Amazônia tomou conta do plenário do Senado, em Brasília, entre os dias 13 e 14 de maio. Uma vigília de mais de oito horas com a participação de centenas de pessoas, levaram ao plenário um abaixo-assinado com mais de 1,1 milhão de assinaturas contra a destruição da floresta e conseguiram o compromisso de todos os presentes pela preservação da Amazônia. Ao longo da noite, foram muitos os discursos políticos e técnicos feitos no plenário do Senado, exaltando a importância política, econômica e ambiental da Amazônia para o Brasil e o mundo.
Junho 2009
O dia Mundial do Meio Ambiente, é ao mesmo tempo comemorado e contestado no dia 5 de junho. Nesse dia os Amigos da Terra participaram em Porto Alegre, no Fórum Fnac, da exibição e debate sobre o filme 'Home', lançado e exibido gratuitamente simultaneamente em 87 países. Com uma combinação de sons, imagens impressionantes da Terra vista do céu e uma narração sobre os danos ambientais causados pela humanidade ao planeta, o documentário Home – Nosso Planeta, Nossa Casa é um projeto do cineasta Luc Besson e que tem como objetivo despertar a atenção para a consciência ecológica. Confira o trailer do filme:
Julho 2009
A Nike anunciou no dia 23 de julho que não usará mais em seus produtos couro proveniente de animais criados no Bioma Amazônia. Veja aqui a tradução do documento assinado. A Nike deu aos seus fornecedores um prazo até julho de 2010 para implementar um sistema eficiente que comprove que seu couro não é originário do bioma amazônico. A decisão da marca é prova de que os mercados consumidores vão cada vez mais exigir a adoção de práticas de sustentabilidade. Mesmo que seja lenta essa mudança ela vai acontecer. Só para constar, as principais empresas internacionais recebem couro da corporação Bertin, que ainda não se comprometeu com o desmatamento zero na Amazônia, onde ela controla diversos abatedouros de gado.
Agosto 2009
Com um NÃO bem alto, o povo de Porto Alegre rejeitou dia 23 de agosto a proposta de lotear entre os especuladores imobiliários a orla do rio Guaíba, dentro do projeto conhecido como Pontal do Estaleiro. Dos mais de 22 mil eleitores que participaram da consulta pública, a opção “não” recebeu 18.212 votos (representando 80,7%), contra apenas 4.362 votos para o “sim”. A pergunta que aparecia na urna eletrônica era a seguinte: "Além da atividade comercial já autorizada pela Lei Complementar 470, de 2/1/2002, devem também ser permitidas edificações destinadas à atividade residencial na área da Orla do Guaíba onde se localiza o antigo Estaleiro Só?". Diversos movimentos e ONGs ambientalistas de Porto Alegre se mobilizaram em grande campanha, vitoriosa, para defender a orla do Guaíba.
Setembro 2009
22 DE SETEMBRO é o DIA MUNDIAL SEM CARRO e foi marcado por diversos protestos no mundo inteiro. Ativistas destacavam o papel dos veículos no aquecimento global e chamavam a atenção das pessoas para outras formas de transporte. Quando queimam combustível, os carros emitem dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa. A maior frota de veículos do Brasil, de São Paulo, é a principal fonte de gases do efeito estufa da cidade: 65% vêm do setor de transportes.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 37 milhões de brasileiros não usam o transporte público por não terem dinheiro para pagar a tarifa. Em Porto Alegre o ônibus coletivo custa R$2,30 e ocorrem aumento na passagem anualmente. Ao mesmo tempo, o governo reduz o IPI para carros novos, em uma estratégia para minimizar o impacto da crise econômica no setor automobilístico. O dia também foi caracterizado por diversos ciclistas exigindo mais ciclovias nas grandes cidades.
Outubro 2009
Somos o que nos alimentamos e no Dia Mundial da Alimentação, comemorado no dia 16 de outubro, a pauta do dia e as ações de ONGs foram voltadas aos impactos da alta no preço dos alimentos, da crise econômica, do aquecimento global e dos biocombustíveis sobre a produção e o acesso a alimentos no Brasil. A data serve como alerta para a falta de alimentos no mundo e a utilização perigosa de transgênicos nas grandes plantações, na prática de pesca de arrasto, na questão da preservação da floresta frente ao desmatada para a criação de gado.
Novembro 2009
A taxa anual de desmatamento na Amazônia, foi motivo de festa oficial em novembro de 2009. Foi divulgado o menor índice de desmatamento desde que Amazônia começou a ser monitorada pelo INPE. Entre agosto de 2008 e julho de 2009 foram desmatados 7.008 km2 de floresta, o que é considerado uma queda se comparado aos anos anteriores. Mesmo assim, essa é uma área maior do que a do Distrito Federal.
Além da pressão dos brasileiros e diversos movimentos ambientais, outras ações contribuíram para esta nova redução da taxa. A crise financeira mundial que rolou em 2009, colaborou para refrear o ritmo da derrubada, com queda na demanda de produtos amazônicos ligados ao desmatamento – como carne, soja e madeira.
Dezembro 2009
Todos os meios de comunicação se voltaram para a Dinamarca, onde aconteceu a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. 193 países participaram da COP 15, mas infelizmente, o "acordo" que foi produzido a conferência foi uma carta de intenções, com conteúdo mínimo, e sem consenso. O tal “acordo” determina que os esforços devem ser feitos para manter o aumento da temperatura em menos de 2°C e coloca algum dinheiro na mesa para começar a ajudar os países mais pobres (e mais vulneráveis) a se adaptarem ao aquecimento global. Mas falha ao não determinar uma meta ambiciosa de corte das emissões de gases-estufa.
Dez dias depois do fim da falhada Cúpula da ONU, dia 29 de dezembro de 2009, o presidente Lula sancionou com três vetos, a lei que instituiu a Política Nacional de Mudanças Climáticas.
O presidente preservou a meta de redução das emissões de gases de efeito estufa no país entre 36,1% e 38,9% até 2020. A nova lei prevê a assinatura de um decreto, a ser editado no início de 2010, para estabelecer a cota de cada setor da economia no esforço de redução das emissões.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que, apesar de a conferência do clima ter sido considerada um fracasso, o Brasil fará sua parte.
– Não interessa se Copenhague não terminou bem. Houve muita frustração, mas o Brasil não ficou mal na fita, mostrou que tinha metas ousadas – disse.
Para o professor do Instituto de Biociências da UFRGS Paulo Brack, a legislação é um passo importante, mas não pode ficar só no papel.
– O governo precisa investir em políticas públicas e aumentar a fiscalização para conter a fronteira agrícola e de criação de gado na Amazônia. A floresta em pé é muito mais produtiva – sustenta o especialista.
Resta agora viver para saber o que irá acontecer com as políticas nacionais e mundiais referentes ao clima.
